quinta-feira, julho 15, 2010

A Fúria e o Perdão dos Deuses

Depois de achar que eu sou baitola, o Google resolveu desatar sua fúria sobre mim e me expulsou do Jardim do Éden. Isso mesmo, fiquei uma semana sem minha conta dos deuses.

O que aconteceu? Até agora não sei. Fui acusado de violar os termos e serviços do Google e por isso estava para sempre relegado a este mundo vil e sem aplicativos grátis que é a internet fora da terra prometida.

Com não sou spammer, não repasso (propositalmente) vírus ou propagandas de como deixar seu pênis maior e de viagra, tenho certeza que a fúria dos deuses era injustificada para com minha pobre pessoa, uma pessoa temente aos deuses do olimpo googliano.

Fato é que Eles não escutaram meus perdões, minhas orações meus sacrifícios de pombas e outros animais; tentei reclamar por todas as vias possíveis, mas nada de respostas.

Assim que resolvi apelar aos protegidos dos deuses: seus sacerdotes-trabalhadores. Falei com dois amigos que trabalham/já trabalharam para os deuses e implorei por ajuda. Os dois avisaram que os deuses eram muito temperamentais e que poderia ser difícil, mas que continuasse com as orações e tivesse fé.

Devo admitir que passada uma semana, minha fé estava mais do que abalada. Essa história de que é tudo grátis, os deuses te amam simplesmente porque sim e que vocês está seguro nas suas mãos me parecia uma balela sem tamanho.

Estava sem meu ê-mala (e com isso todos os meus contatos, freelas, informações importantes que guardo, fotos etc), sem meu blog (este que vos fala de 6 anos), sem meu picasa, sem meus docs, sem meu analytics, meu yOrgut... Minha vida eu tinha depositado na mão dos deuses – que guardaram tudo na tal da nuvem – e eles me tomaram tudo. Por capricho.

Choramingando minhas mágoas e o abandono dos deuses para com a minha pessoa com uma amiga, ela me pediu o login e disse que já voltava. Cinco minutos depois, ela me avisa que minha conta está de volta a funcionar.

Mas como? Ainda não sei. O que eu tinha feito de errado? Também não sei. Minha conta agora está segura? Também não sei. Só sei que recuperei tudo. TUDO. E a primeira coisa que estou fazendo é transferir tudo para outras contas em outros sites. Meu gmail manda uma cópia para uma conta paga e todos os ê-malas serão baixados no outlook lá de casa, baixei todas as fotos do picasa e meu blog está indo pro wordpress. Então esse é meu último post pelo blogger, depois de 6 anos; se os deuses não acreditam em mim, eu não acredito nos deuses.



Moral da história 1: Não confiem (totalemente) nos deuses internéticos. Tenha todos os seus arquivos e aplicativos online, mas tenha SEMPRE um back up físico, na sua mão.

Moral da história 2: Conheçam a Maria Bernal que ela é foda!

Moral da história 3: Te vejo no wordpress: chiquitomigrana.wordpress.com

segunda-feira, maio 31, 2010

segunda-feira, maio 10, 2010

Para onde vão as meias

Recentemente descobri que o meu teclado do trabalho estava escrevendo 6 toda vez que eu apertava a tecla do 5. Uma virada do mesmo de cabeça para baixo foi o suficiente para perceber que o problema era sujeira.

Agora, foi incrível a quantidade de restos de biscoito, de cílios, cabelos e mais outras coisas não identificadas que saíram de dentro do troço. Era impossível que estivesse tudo ali dentro, naquele espaço de meros 2 centímetros de espessura.

Mas a verdade é que eu aprendi a não subestimar a capacidade de armazenamento de sujeira de certas coisas no mundo. O teclado tem vários amigos nesta categoria, como o conector do celular para o carregador, unhas, umbigos, livros, aparelhos de ar condicionado etc.

Mas nada no mundo – NA-DA – rivaliza mais com o teclado do que o ouvido. Os dois realmente aparentam não ter tanto espaço assim, mas ele se multiplica toda vez que você vai limpá-lo. Eu, particularmente, nunca fez aquela limpeza do ouvido no otorrino, mas dizem que é incrível.

O seu moço começa a enfiar um líquido orelha adentro e quando você acha que não cabe mais, ele continua e continua e continua e continua. Mas bizarro mesmo é na hora de sair, que, pela quantidade, dá a impressão que tá escorrendo seu cérebro liquefeito junto. São litros de líquido com sujeira de todas as merdas que você escuta ao longo dos seus dias (piadas do Faustão, Lady Gaga, torcedor botafoguista etc) solidificadas em cera.

Cara, parece tão grande que dá até pra se perder lá dentro. Vai ver é pra lá que vão as meias que somem e acabam sem pares...

quarta-feira, março 17, 2010

Controle é pra quem pode

Un intento en español.

Controle é pra quem pode. Eu não posso.

Como celular tocando. Eu odeio celular e preferia mil vezes não ter essa merda comigo. Mas tenho que ter, não tenho escolha. Ele vive tocando nos momentos mais inconvenientes, atrapalhando minha vida. Adora tocar quando estou em reunião, entrando num ônibus, ou quando estou praticando intimidade com a metade-cara [essa geralmente é minha mãe – não sei como, mas ela tem um faro pra essas coisas].

Você poderia dizer “ah, então é só não atender ao bicho”. Mas fala sério, eu não consigo deixar de atender aquela merda. O tamagotchi ali falando que tá com fome e eu fingindo que não é comigo? Não dá...

Outra coisa, e é o que eu mais odeio, é a cartinha do outlook no canto da barra de tarefas do computador avisando que chegou um ê-mala novo. Cara, chegou um ê-mala novo, eu nem penso mais, já abro diretamente. Paro o que for pra ver o ê-mala novo. Quer me impedir de trabalhar, passa o dia me mandando ê-mala a cada 10 segundos.

Mas o pior é que eu pus uma regra no outlook que determinados ê-malas inúteis, mas que eu tenho que receber, saem do inbox diretamente pra uma pasta e ficam como lidas. Só que a merda da cartinha no canto da barra de tarefas não entede isso e fica apontando que tem ê-mala nova.

Aí mesmo que eu fico maluco! Porque EU SEI que não chegou ê-mala novo, mas sempre duvido de mim mesmo [ou não resisto à compulsão, um dos dois] e vou lá no outlook conferir se chegou um novo ê-mala. E não chegou. Esse é o momento em que IMPLORO pra alguém me mandar um ê-mala novo, só pra tirar a maldita cartinha do canto da barra de tarefas de lá.

Fuck Bill Gates!

segunda-feira, março 15, 2010

Pé baitola

Como diriam os filósofos da minha família, “gosto é que nem cú, cada um tem o seu e ninguém mete o dedo no meu”. E sim, o cú é com acento mesmo que é um cu diferente, dito com mais ênfase, sabe?

Voltando, gosto é de cada um. Eu, particularmente, não gosto de várias músicas que a metade-cara gosta, mas eu acabo escutando.

E é nesse momento que eu fico puto com o meu pé.

Eu sou daqueles que não sabem dançar e que fica sempre um paramédico na beira da pista de dança toda vez que eu vou lá só pra caso de nessa vez ser realmente um ataque epiléptico.

Mas, em dias mais contidos ou com menos álcool, eu tendo a ficar sentado no meu canto. E é nessa hora que meu pé toma vida própria.

Antes que eu perceba, lá está ele marcando o ritmo da música tocando. Ele é muito atento e tem uma noção de ritmo muito melhor do que eu. Tenho até que ter umas aulas com ele, nesse sentido.

Até aí, tudo bem. É uma festinha, é uma boate, é um bar – não tem nada demais em ficar marcando o ritmo com o pé.

Mas é no momento em que toca uma música ruim que ele me desgraça. Quando a Carol vai lá e coloca aquele bakstreet boys-nsync-britney spears-five-spice girls e eu fico fazendo toda a minha cara de nojo e descontento, lanço meu discurso sobre o quanto me desgosta isso aí, que o maldito vai e começa marcar o ritmo.

Ele me entrega!

Sacanagem!

Eu sinceramente não estou gostando da merda da música mas ele não para de marcar o ritmo. Me desmente na frente de todo mundo, me faz de enrustido e ainda me entrega de viado!

Porra! Podia pelo menos escolher umas músicas menos “alegres” pra fazer isso.

Sinto que o meu pé é que nem o Kevin Kline em "Será que ele é" - não que eu seja, mas o meu pé também não consegue se controlar quando a música toca.



Sacanagem!

Não tem nada pior pra acabar com pose de machão de um cara que um pé baitola.

Só homem que gosta de cachorro quando vê um cão. Mas isso já é outra história...


*****

Un intento en español


Pie maricón

Como dicen los filósofos de mi familia, “gusto es como culo, cada uno tiene el suyo y nadie mete el dedo en el mío”.

Gusto es de uno. Yo, particularmente, a mi no me gustan a varias músicas que a mi mitad-cara le gusta, pero siempre las escuchamos.

Y es en ese momento que me caliento com mi pie.

Soy de estos que no saben bailar y que está siempre un paramédico el boliche siempre y cuando voy allí por el caso de que esa vez ser realmente un ataque epiléptico.

Pero, en días más reprimidos o con menos alcohol, yo suelo quedarme sentado en mi rincón. Y es en esa hora que mi pata crea vida propia.

Antes que me dé cuenta, ahí está ella marcando el ritmo de la música que toca. Ella es muy atenta y tiene más ritmo que yo. Tengo que tomar unas clases con ella.

Hasta este punto, todo bien. Es una fiestita, es un boliche, es un bar – no pasa nada marcar el ritmo con el pie.

Pero es en el momento en lo cual empieza um tema malísimo que él es mi desgracia. Cuando Caro pone esto bakstreet boys-nsync-britney spears-five-spice girls e yo me quedo con toda esta cara de asco y enojo, arranco con mi discurso sobre lo tanto que a mi no me gusta nada de eso, que la maldita pata empieza marcar el ritmo.

Ella me entrega!

Maldita!

A mi sinceramente no me está gostando la mierda de la música pero ella no para de marcar el ritmo. Me desmente frente a toda la gente y, por encima, me pone de maricas!

Fuck! Podía al menos elegir uns temas menos “alegres” para eso.

Siento que mi pata es como Kevin Kline en "In & Out" - no que yo sea maricón, pero mi pie también no logra controlarse cuando la música empieza.



Maldita!

No hay nada peor para acabar con pose de macho de un hombre que una pie maricón.

quinta-feira, março 11, 2010

O Beavis & Butthead interno

Não sei se é algo exclusivo meu – e, por extensão, dos meus amigos – mas acredito que seja algo por que todos deveriam passar às vezes, só pra liberar um pouco do estresse e da quantidade de besteiras que carregamos na cachola.

Sabe o momento em que você está conversando com seus amigos e começam a falar besteira? Aí você solta um tema com uma coisa boba e outro amigo continua e dá corda? Aí vai um terceiro e depois um quarto?

Bom, isso é, na verdade, um ataque de bobeira coletivo. Mas, o que eu acho engraçado nesse momento são as risadas. Porque ficamos exatamente igual a Beavis & Butthead, com aquela risada retardada entre cada coisa que falamos.

-Hehehe. A gente tá rindo que nem Beavis & Butthead. Hehehehe.
-Hahaha. É mesmo. Hahahaha.
-Hihihi. Só falta a gente sentar no sofá em frente à TV. Hihihi.
-Heheheh. Isso! Ou tirar as calças e colocar a camisa sobre a cabeça dentro de um avião gritando que somos o “Cornolho” e que queremos o seu “bunghole” enquanto atacamos o piloto. Hehehehe.
-Hahahha. É mesmo. Hahahha [tem sempre um que só fica falando “é mesmo” => drongo]

Enfim, deu pra ter uma idéia, né?

Eu tenho alguns amigos que sempre que a gente se encontra rola uns papos assim. Ainda mais regados de álcool.

A questão é que meu exílio meio que me afastou do convívio dessas pessoas. E ter esse momento em outra língua que você ainda está tentando dominar é que nem girar suas mãos ao lado da cabeça cada um num sentido; um em sentido horário e outro em sentido anti-horário. Complicado...

[-Hahaha. Que nem beijar cotovelo. Hahahha.
-Hehehe. Que nem chupar manga e assoviar ao mesmo tempo. Hehehe.
-Hihihi. É mesmo. Hihihi.]

Bom, para contornar este meu problema lost in translation [Hahahaha. “Lip my sock.” Hahahah. Hihihi. É mesmo. Hihihi.], alguns amigos tiveram a bondade de criar um grupo de ê-malas para podermos manter estes tipos de discussões de alto nível: updateintestinal.

Sim, nós falamos sobre isso mesmo que parece que falamos. Nós precisávamos de algo que incitasse o início das conversas. E, além do que, se é pra falar merda, que comecemos pelo sentido mais literal da expressão.

Não vou dizer que é o mesmo que fazer ao vivo, mas dá para dar boas gargalhadas na frente do computador. Isso dá.

EU RECOMENDO!

*****


Intento de escrivir en español

El Beavis & Butthead interno

No sé si es como exclusivo de mi persona – y, obvio, de mis amigos – pero creo que sea una cosa por la cual todos deberian pasar a veces, solo para libertarse un poco del estrés y de la cantidad de boludezes que llevamos en la cabeza.

Te ubicas el momento en lo cual uno está charlando con sus amigos y empiezan a hablar tonterías? Inmediatamente vos arrancás con un tema tonto y otro amigo sigue y pone más onda en la charla? Entonces un tercero arranca y despues un cuarto?

Bien, esso es, en realidad, un ataque de boludez colectivo. Mas, lo que ami me parece gracioso en esse momento son las carcajadas. Porque lucimos exactamente igual a Beavis & Butthead, con essa risada tarada entre cada palabra que hablamos.

-Jejeje. Estamos carcajando igual a Beavis & Butthead. Jejeje.
-Jajaja. Esso es. Jajaja.
-Jijiji. Ahora solo falta que sentemos en un sillón frente a la TV. Jijiji.
-Jejeje. Esso es! O sacar los pantalones y colgar la remera en la cabeza dentro de un avión gritando que somos el “Cornollo” y que deseamos el “bunghole” de la gente mientras atacamos al piloto. Jejeje.
-Jajaja. Esso es. Jajaja [hay siempre uno que habla solo “esso es” => zapallo]

Finalmente, uno ya se dió cuenta de que hablo, ¿no?

Yo tengo algunos amigos que siempre que nos vemos arrancamos con estas charlas dementes. Todavía más si llenos de alcohol.

El tema es que mi exílio como que se me dificultó el convivir de essa gente. Y intentar hacer lo mismo en otra lengua que uno todavía intenta dominar es como girar las manos al lado de la cabeza cada una a un sentido; una en sentido horario y la otro en sentido anti-horario. Complicado...

[-Jajaja. Como besar el codo. Jajaja.
-Jejeje. Como chupar manga y silbar al mismo tiempo. Jejeje.
-Jijiji. Esso es. Jijiji.]

Bien, para contornar este tema lost in translation [Jajaja. “Lip my sock.” Jajaja. Jijiji. Esso es. Jijiji.], unos amigos tuvieron la buena onda de crear un grupo de mails para mantenermos estas clases de discusiones de alto nivel: updateintestinal.

Sí, hablamos de esso mismo que parece que hablamos. Necesitávamos de algo que estimulara el comienzo de las charlas. Y, además, si es para hablar mierda, que empiezemos por lo sentido más literal de la expresión.

No puedo decir que es lo mismo que hablar en vivo, pero uno puede carcajar bastante frente a la computadora. Esso es.


LO RECOMENDO!